O que visitar em Mdina: principais locais e dicas de restaurantes

Nos quatro cantos do mundo, a última coisa que as pessoas querem ouvir nesse momento é a palavra isolamento! Mas e se a gente disser que a cidade tema do blogpost de hoje, Mdina, tem tudo a ver com o assunto e com certeza vai ressignificar o sentido dessa palavra para você?

Os pouco mais de 300 habitantes da antiga capital maltesa estão bem acostumados – e diríamos até que apreciam muito! – com o fato de que Mdina permanece totalmente fortificada no alto de uma colina, verdadeiramente afastada do zumzumzum do trânsito, comércio, pessoas e demais barulhos super comuns no restante da ilha.

Aliás, uma das razões pela qual é conhecida como a cidade silenciosa, é porque somente os veículos dos próprios moradores são autorizados a circular pelas ruelas desta pequena cidade! Ou seja, quase zero poluição sonora, exceto é claro, durante a alta temporada, quando milhares de turistas se veem deslumbrados com a simpática Mdina – incluindo nós aqui do VIVAMALTA, como você pode ver no IGTV “This is Mdina”!

Conhecer Mdina é, na verdade, deixar-se guiar pelo clichê de andar pelos pequenos becos sem destino certo, aproveitando cada parte do trajeto – há quem diga que essa é uma das belezas da vida, certo? A começar pelo Main Gate, o portão principal da cidade, construído no estilo barroco e que recentemente foi cenário da série Game of Thrones.

Enquanto atravessa a Ponte do Fosso rumo à entrada da cidade (gratuita), perca bons minutos apreciando a paisagem e a beleza dos detalhes, como o brasão de armas e estátuas esculpido na fachada de pedra calcária.

Na parte baixa da ponte, quase impossível de não ser visto, fica o Mdina Dicth Gardens, um belo e tranquilo jardim visitável que dá a sensação de estar na área lazer de um enorme palácio! A entrada pode ser feita ao lado do Restaurante il-Veduta ou próximo ao portal do lado sul (na área de estacionamento).

Pouco mais à frente está o Palazzo Vilhena, uma das construções mais antigas da cidade que costumava ser um hospital, e que hoje abriga o Museu Nacional de História Natural. O museu proporciona um delicioso passeio por entre as coleções de rochas, aves, mamíferos e demais animais, além de muitos fósseis que representam a evolução humana e a história natural do país. Excelente opção para conhecer em família!

Bem ao lado fica o Mdina Dingeos Museum, um lugar um tanto exótico que utiliza manequins para contar de forma bem realista (e forte!) a tortura que os prisioneiros sofriam no subterrâneo da cidade na época dos cavaleiros, da dominação árabe e napoleônica. Uma experiência horripilante que talvez nem todos estejam preparados!

Para quem não dispensa um bom contexto histórico, vale conhecer um pouco mais sobre o surgimento do catolicismo da ilha, que muito se dá pelo fato de St. Pauls (Apóstolo São Paulo) ter morado pelos arredores de Mdina – mais precisamente em Rabat – no ano 60 d.C., após ter seu barco naufragado.

Existe uma catedral em sua homenagem, a St. Pauls Cathedral, cuja construção original foi terrivelmente destruída no terremoto da Sicília em 1693. Em 1705, no entanto, o arquiteto maltês Lorenzo Gafá concluiu a reconstrução da mesma no estilo barroco.

Ao lado da catedral está o Cathedral Museum, com um extenso acervo de arte sacra, pinturas, antiguidades, moedas e documentos originais do tempo da Inquisição. Tanto para entrar na catedral como para visitar o museu é necessário a compra do ingresso, que vale para ambos os lugares.

Muito provavelmente enquanto perambula pelo labirinto de ruas da cidade, você vai acabar encontrando o Bastion Square, localizado na posição norte da cidade. O Bastion Square é o trecho no qual se encontra a parte mais alta de Mdina e da qual você poderá apreciar uma das melhores vistas de Malta enquanto relaxa na belíssima praça.

Como pôde perceber, as atrações de Mdina nada mais são do que uma mistura da herança medieval, árabe e barroca, com uma pitada de cantinhos intrigantes e até românticos, graças aos muitos lustres espalhados pelas ruas.

E para completar a sua visita na cidade, seja diurna ou noturna, indicamos alguns bons restaurantes para você fazer uma boquinha ou até uma refeição mais completa que dê ainda mais sabor a essa experiência.

Bacchus Restaurant: fortemente indicado para o jantar, o restaurante proporciona um ambiente super agradável e uma decoração rústica que criam o match perfeito com a culinária maltesa impecável oferecida.

Endereço: 1 Inguanez Alley, Mdina

Coogi’s Restaurant & Tea Garden: com uma atmosfera típica de filmes antigos, esse restaurante é especialmente agradável durante o verão, quando os pátios se tornam um refúgio para refrescar-se em dias quentes! Destaque para a culinária autêntica que conta com opções vegetarianas.

Endereço: 5, Saint Agatha’s Esplanade, Mdina

The Medina Restaurant: parte do completo de um dos melhores hotéis da ilha, The Xara Palace Relais & Chateaux, o restaurante possui um excelente atendimento e um menu impressionante que o tornam uma das opções preferidas dos casais, graças ao ar romântico conferido pelos espaços.

Endereço: 7 Holy Cross Street, Mdina

E afinal, como chegar em Mdina?

Conforme comentamos, a circulação de carros dentro da cidade não é permitida caso você não seja um morador de Mdina. No entanto as demais opções de transporte são muito fáceis e rápidas.

Ao optar pelo transporte público saindo de Valletta, as linhas 53 (trajeto mais rápido), 50, 51, 52 e 56 vão até Mdina em aproximadamente 30 minutos. Partindo de Sliema ou St. Julians, utilize o ônibus 202. De Bugibba/Qawra e St. Paul’s Bay, a linha 186 é a responsável pelo trajeto.

Se preferir alugar um carro e aventurar-se ao dirigir na mão inglesa, saiba que o estacionamento em frente ao portão principal (Main Gate) de Mdina é gratuito.

E você, já conhecia Mdina por esse ângulo ou ficou ainda mais animado para conhecer esse pedacinho de Malta? Vamos adorar ouvir de você!